
O objeto da denúncia também era a cobrança de propina para a emissão de certificado de quitação do Imposto sobre Serviços (ISS).
A denúncia anônima, datada de 29 de outubro, foi recebida em 22 de novembro. A autoria é atribuída a “construtores que respeitam as leis”. O gabinete de transição de Haddad recebeu cópia.
Ricardo foi secretário de Finanças na gestão de Serra e secretário de Estado da Fazenda, também de Serra. Após chefiar as finanças de Kassab, ele é atualmente secretário da Fazenda de Salvador.
O texto recebido por ele diz que “a emissão do certificado de quitação do ISS é controlada por um funcionário, o carioca Luis Alexandre, o qual – segundo ele mesmo -, por ordem de seus superiores Carlos di Lallo, Barcellos e Ronilson, somente pode ser emitido mediante o pagamento de propina”.
“Quem não paga a propina está condenado a ver seu negócio naufragar. Sem propina, não há previsão para a emissão da guia de quitação”, diz outro trecho da denúncia.
A denúncia anônima arquivada por Mauro Ricardo também foi encaminhada a Kassab e à Ouvidoria Municipal. O processo, ao qual o Estado teve acesso, mostra que Ricardo enviou cópia da acusação ao próprio Ronilson, apontado pela atual investigação como chefe do esquema, para que ele prestasse esclarecimentos.
Mauro Ricardo disse ontem ter ficado “surpreso” com a prisão do quarteto, em especial a de Ronilson. “Era uma pessoa em quem eu confiava, sempre muito prestativo. Foi uma decepção. Se ele fez isso, me sinto traído”, afirmou.
“Assim que as denúncias chegaram à secretaria solicitei a abertura de processo administrativo, nos quais os acusados foram chamados a se justificar”, afirma. “Eles apresentaram as justificativas e elas foram levadas à assessoria jurídica, que analisou as respostas e concluiu não haver indício de envolvimento dos servidores.”
Do ig
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