Na descrição do vídeo, a esportista disse que “pensou bastante” antes de fazê-lo, mas que “considera o desabafo necessário” para sua saúde mental. “Estou a caminho do meu quarto campeonato pan-americano mas não representarei esse Brasil que segrega e que não se compadece”, escreveu.
Joanna também afirmou que não consegue desassociar sua representatividade na competição internacional a política do país. “Já é a segunda vez que amanheço e tomo conhecimento dessas manobras criminosas que Eduardo Cunha tem feito no Congresso e eu sinto um desgosto muito grande. Não sou a favor da maioridade penal e não há nada, nenhum dado que me convença de que isso resolve violência. A gente sabe que no Brasil quem vai ser preso é menor de idade preto e de favela”, desabafou.
Abusada sexualmente por seu ex-treinador quando era criança, Joanna revelou o trauma em 2008 e criou a ONG Infância Livre, que combate o crime. Ela citou métodos que poderia tornar a sua ação mais “atrativa”:
“Gostaria que os nossos problemas fossem resolvidos na raiz deles. (…) Vou para o pan-americano defender o meu país, mas eu não vou estar representando essas pessoas que batem palma para Feliciano, Bolsonaro, Eduardo Cunha, Malafaia… Não são vocês que eu vou estar representando”, concluiu.
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