sábado, 12 de março de 2016

Um dos procuradores que investigava o caso triplex desistiu de assinar a denuncia contra Lula


Dentro do grupo de procuradores do Ministério Público de São Paulo que investigava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso referente ao triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá, teve um que desistiu de assinar a denúncia, por não concordar com o pedido de prisão preventiva a Lula.

É José Reinaldo Guimarães Carneiro, promotor de Justiça de larga experiência criminal, integrando núcleo de combate ao crime organizado do Ministério Público Estadual e também participou de investigações sobre o caso da morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Carneiro é mestre em direito processual penal pela PUC-SP e autor do livro "Crime Organizado" (ed. Saraiva).

A informação foi apurada pelo jornal Valor Econômico. De acordo com a redação, Carneiro discordou dos três colegas Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo. Por isso, desistiu de assinar a denúncia.

Além de colocar o seu nome junto aos demais promotores, apesar de ter acompanhado o processo de investigação do grupo estadual, também não quis participar da coletiva de imprensa, concedida na tarde desta quinta-feira (10).

A reportagem lembrou, ainda, que a publicação da denúncia ocorre em um contexto de disputa política no Ministério Público de São Paulo. Em abril, os promotores irão eleger o novo procurador-geral de Justiça, que comandará a Comarca.


Os colegas Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo são aliados à oposição do atual procurador Marcio Elias Rosa, que trabalha para a eleição do seu sucessor, o procurador de Justiça Gianpaolo Smanio, dando sequência aos seu segundo mandato.

Ainda que ocorre a votação dos promotores para o MPSP, a decisão final é do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que independentemente da votação final, poderá escolher qualquer um dos candidatos: Gianpaolo Smanio, Eloisa Arruda ou Pedro Jesus Juliotti.



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